Como não tenho a Paula comigo todas as noites
Pois bem, o momento chegou e me ofereceram e depois de tantas vezes (como na época que tinha uma banda de rock, outros amigos que ofereciam e muito mais), finalmente aceitei experimentar a tal erva.
Acontece que não senti nada do que esse video sugere que eu devesse sentir, provavelmente. só fiquei me sentindo fraco e meio sem potência pra ir à universidade. Bastante sonolento, mais do que o normal. E olha que eu tenho Esclerose. Múltipla, ainda por cima.
Ah sim, já ouvi falar dessa tal de larica que é uma fome descomunal que dá quando as pessoas fumam maconha. Bem, devo ter sentido isso, mas é muito difícil afirmar se foi mesmo por causa da única tragada que dei, até porque meu normal é sentir muita fome o tempo todo mesmo.
Duas outras coisas notáveis que aconteceram foram: segundo as pessoas que estavam comigo, fiquei com os olhos vermelhos e pela primeira vez em muitos anos consegui cochilar por alguns segundos no ônibus. Mas ninguém me roubou nem nada. Até porque meio que já aprendi como me precaver desse tipo de coisas na maior parte das vezes (quanto a como andar de onibus da melhor forma possível, farei uma postagem a respeito em breve). Não ri à toa nem achei graça de nada.
A tontura que senti se assemelhou muito a quando, dias antes, tomei um pouco de cerveja. De modo geral, portanto, não senti nada de extraordinário, principalmente qualquer tipo de melhora clínica quanto à Esclerose Múltipla. Só acho que valeu à pena a experiência meramente pela experiência. Sábado um colega novo do Viver Melhor me falou que "os efeitos só aparecem mesmo" nas tentativas seguintes. Mas não faço questão de experimentar outras vezes. Minha "primeira vez" já foi sem graça o suficiente.
Mas existe um problema muito maior nisso tudo, que descobri a seguir: as outras pessoas envolvidas. Elas parecem muito legais no dia em que estamos com elas "na onda" e depois elas mudam.
Pois bem: ontem ao voltar pra casa, as duas meninas que estiveram aqui na fatídica noite, estavam batendo nas janelas e apavorando minha namorada com isso. Depois que cheguei em casa fui lá falar com elas em tom irritado e elas até pararam com isso, mas vai saber o que pode acontecer ainda com minha namorada quando ela estiver sozinha em casa. Isso me preocupou bastante. Sim, elas vieram aqui para me oferecer maconha novamente, como se eu tivesse virado um viciado automaticamente.
Não sei que relação a EM pode ter com isso mas não, eu não fiquei viciado em maconha só por ter tragado uma ou duas vezes. Assumo que até pensei algumas vezes em fumar novamente, mas foram só pensamentos passageiros mesmo. Depois dessa experiência traumática de minha noiva, voltei aos meus tempos de Straight edge (quando eu tinha banda, usava um X na mão pra indicar que não usava drogas).
Mas a questão que considero a mais importante mesmo desta experiência e que não vejo falarem muito nos comerciais contra drogas é: a questão das drogas é muito mais social que outra coisa. Pelo menos é o que tentaram comigo e muito provavelmente é como conquistam outras tantas pessoas. É preciso ser forte
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