sábado, 6 de dezembro de 2014

Uma dose de Poliana, por favor doutor!

Durante esta semana, uma moça me ligou me chamando para uma entrevista de emprego em uma empresa aqui em Manaus, chamada Neemu. Esta empresa foi criada por estudantes da mesma universidade em que estudei na graduação e fui jubilado no mestrado. Aliás, a empresa faz produtos justamente nas linhas em que estudei (Recuperação de Informação). 
Na verdade não fiquei tão nervoso antes ou durante a entrevista, especialmente pelo fato de eu conhecer o entrevistador por alto, que fez doutorado estudando no mesmo laboratório que eu durante meu finado mestrado. Mesmo assim, a mesma foi terrível. Me dei conta que não conseguia mais lembrar de quase nada mais, me sentindo de fato inútil para o trabalho. Mas pelo menos não deixei de ser sincero em momento algum, explicando até as nuances de minha esclerose múltipla.

Bem, no final das contas a entrevista foi realmente ruim e me senti de fato totalmente inapto para o cargo, mas como diria o Pequeno Príncipe, “a gente nunca sabe”…  Meu entrevistador disse que qualquer coisa me mandaria um sms dizendo se eu tivesse sido escolhido, já que do meu apartamento não há sinal da tim (única operadora que tenho atualmente, já que meu outro celular, que pegava dois chips, foi roubado num dia em que fui fazer uma das últimas ressonâncias de crânio até o momento). 
O problema é que desde lá não tenho saído do apartamento pra cidade onde pode haver sinal, mas quando eu o estiver, postarei este texto e verei se há algum email ou sms pra mim. Espero que torçam pra que dê tudo certo, mas, ora vejam só:

No mesmo dia da entrevista, fui à livraria Saraiva, onde encomendei os livros Poliana e Poliana Moça, e lá estavam eles. "Poliana" terminei de ler ontem e comecei "Poliana Moça" no mesmo dia. Comprei os livros por duas razões: minha última namorada já o havia recomendado e uma moça com esclerose múltipla fez uma postagem sobre o livro. No dia em que li a postagem me decidi em comprá-lo. Pra minha surpresa, ele chegou bem rapidamente a Manaus, em torno de 1 semana de espera.

Geente! Este livro é BOM DEMAIS. Demonstra como sempre podemos ver pontos positivos quando há coisas ruins acontecendo em nossas vidas. Por exemplo, a Poliana ganhou um par de muletas no aniversário dela e aprendeu a ficar feliz por não precisar usá-las, com isso foi aprendendo este "JOGO DO CONTENTE" e ensinando a todo mundo da cidade. 

Na verdade faz bastante tempo que jogo, sempre que posso, este jogo, olhando sempre coisas positivas quando acontecem coisas ruins. A última vez foi quando fui expulso da casa da minha mãe, sabendo que finalmente eu teria a chance de viver a minha própria vida, sem nem precisar dar satisfações a ela ou a ninguém, além de minha namorada, que em breve será minha esposa, esperamos :) 
Vivendo comigo ela já está e felizes, nós já somos x)

A propósito, jogar o jogo do contente atualmente é mais fácil do que nunca: e se não conseguir o emprego? vou procurar conseguir auxílio doença. Se conseguir, vou ter mais dinheiro do que no outro caso. De qualquer modo estarei feliz financeiramente x)

Isso sem contar com alguma eventual possibilidade de voltar pro mestrado, e com bolsa, ainda que esta seja provavelmente tão baixa quanto a de passar no ENEM.

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4 comentários:

  1. Boa dica de presente de natal. Vou dar de presente para o meu pai, sofre ainda sequelas da depressão, tem dificuldade em ver o lado bom das coisas ... será que esse jogo vai ajudá-lo ? Vale a pena tentar.

    Janaína Pereira

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    1. Particularmente acho perfeito! Especialmente em situações como esta de depressão, mas sugiro também que vc leia antes de dar de presente, Jana :)

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  2. ah... Espero que dê tudo certo no emprego.... ou no auxílio ... ou que vier pela frente.

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    1. Obrigado :)
      A entrevista de emprego já tive a resposta negativa a respeito, vinda lá do Neemu, mas não achei tão terrível assim, na verdade tinha até dúvidas se eu estava mesmo pronto pra isso, vamos ver as próximas tentativas, se for o caso, vai que eu viro atendente do subway :P

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