sexta-feira, 31 de julho de 2015

Postagem número 42 ou a nave movida a improbabilidade infinita

Acho que nunca contei por aqui, mas sou quase obcecado por números cabalísticos, ou pelo menos que considero cabalísticos de alguma forma, no meu mundo. 42 é um deles, isso porque há vários anos li a série do Guia do Mochileiro das Galáxias e, nela, conta-se que o computador mais avançado de toda a galáxia, depois de MUITO TEMPO calculando, descobriu que a resposta para a vida, o universo e tudo o mais é…. 42. Claro que tinha que ser um número, afinal, para um computador, tudo são números.

Bem, de uns tempos pra cá resolvi reler o primeiro livro da série, que é divertidíssima e com sacadas muito geniais, mas eu estava demorando muito para relê-lo. Resolvi dia 25/07/2015 me empenhar mais para lê-lo. Lógico que eu já havia esquecido praticamente tudo o que li há 10 anos, por isso mesmo está sendo tão legal. Lembro de já ter visto minha médica Karol com ele em mãos e fiquei bastante contente e me senti tentado a relê-lo e inclusive levei o meu exemplar para minha última internação até o momento, quando comecei a utilizar o paraíso, o que deixou minha médica aparentemente contente e a fez até julgar que sou inteligente por supostamente ler bastante ;D (tudo bem, não leio tanto assim, mas gosto de estar com livros e ler um pouquinho quando não há internet ou outra coisa pra fazer, mas tem certos livros que sinto tanto prazer em reler que pego e não largo mais, como O Dia do Curinga, de Jostein Gaarder, que foi o primeiro que li quando passei a morar na minha casa)

Mas a questão mesmo é que neste livro há uma nave movida por um gerador de IMprobabilidade infinita, que “possibilita atravessar imensas distâncias intergalácticas num simples zerézimo de segundo sem ter que passar por toda aquela complicação e chatice de ter que passar pelo hiperespaço”, calculando o que é mais improvável de acontecer, e leva imediatamente a nave para lá ou faz alguma coisa relacionada a isso. Na verdade desde que li a expressão “gerador de improbabilidade infinita” há 10 anos, tenho notado que minha vida não deixa de ser, basicamente, regida por infinita improbabilidade. 

Vejamos: tenho uma doença rara, que ocorre principalmente em pessoas brancas, mulheres e pessoas que se expõem pouco ao sol, segundo o dr Cícero Coimbra. Ah, eu passei em duas universidades públicas, num total de 4 vezes, uma delas até para o curso de psicologia, um dos cursos mais concorridos da mesma federal, tudo isso sendo cada coisa mais improvável que a outra de acontecer. Imagina tudo ao mesmo tempo. 

Como é possível que a minha vida não esteja sendo regida por essa máquina de improbabilidade infinita se eu sou exatamente o oposto de tudo isso que é o mais provável de acontecer? Por outro exemplo, estava eu esperando um ônibus dentro da universidade quando uma moça chega e puxa assunto, sem sequer fazer qualquer curso universitário por lá à época. Convenhamos, não sou bonito, ou pelo menos não me considero, mas ela foi falar comigo por ter se encantado por mim por alguma razão inexplicável. E hoje, 3 ou 4 anos depois, ela é a minha companheira.

Mas, ainda falando em improbabilidades, fui adicionado no facebook pela minha ídola em blogs sobre esclerose múltipla, senhorita Bruna Rocha Silveira, que pra mim é como se fosse, sei lá, uma espécie de Douglas Adams (autor do Guia do Mochileiro das Galáxias), Chico Buarque (compositor das letras musicais mais inteligentes que já ouvi) ou até mesmo [insira aqui alguém muito inteligente ou marcante que seja SEU ÍDOLO].
E não é só isso: ela ainda me convidou para o Segundo Encontro de Bloqueios de Saúde, já que nós dois temos esclerose múltipla e ela faz parte da organização do evento. Só falta eu descobrir como ela conheceu meu blog, que eu achava que pouquíssimas pessoas liam, provavelmente isso é coisa da minha amada companheira, Paula, que compartilha o blog pra "Deus e o mundo"; Ah! pela primeira vez [Paula] vai fazer uma viagem interestadual comigo, de nós dois enquanto casal (será que trio? Isso talvez sejam cenas de capítulos futuros), graças a esse evento.


Uma coisa parcialmente coincidente com minha postagem anterior é o que estou lendo neste exato momento no livro em questão: um robô, programado para ter sentimentos humanos, no caso um robô depressivo, chamado Marvin. Acho ele bem interessante. É mais inteligente que qualquer um de nós e ele é depressivo, como muitos de nós, eventualmente, somos.

Desejo a todos que as improbalidades que surgirem em suas vidas sejam em suas maiorias coisas boas e tragam muitas felicidades.

comentário(s) pelo facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário