Não sei qual o conhecimento dele em neurociência – o meu é pífio. Mas como já está virando tradição, vou me aventurar por mais um território inóspito. É a sina…
O próprio cientificismo se depara com milagres, direto. Lembro de uma matéria sobre um rapaz americano cego que anda de bike, orientado por um sonar que ele próprio desenvolveu na cabeça – tipo os golfinhos e os morcegos. Coisa de louco sério. Veja o vídeo AQUI. Alguém sabia que este radar é uma capacidade inerente ao cérebro humano? Provavelmente não, mas é... Não vou ficar citando casos, mas têm vários cérebros que ultrapassam as barreiras da própria ciência. Se a ciência é humana e o homem transgride os limites do próprio homem, como podemos mensurar nossos limites? É uma pergunta cartesiana, retórica, mas não desprezível.
Concluindo: acho que a afirmação do seu Shiroishi ali é a típica aplicação publicitária vulgar da ciência. Ele só queria mostrar como o HD da Hitachi é poderoso, algo tipo: "tu tens muita coisa na cabeça né?! Pois é, meu HD também terá muita coisa armazenada". Tudo bem, mas acho que em um tempo como este em que vivemos, em que este tipo de pensamento pulverizou nossa capacidade de buscar a profundidade das coisas, vale a pena um pouquinho de contestação a la Descartes.
PS: se alguém aí conhecer algum neurocientista, por favor, pergunte a ele se esse negócio tem base mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário